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Mães


mães , mulher
Dia das mães

Com todo o drama vivido por milhares de pessoas em função das enchentes no Rio Grande do Sul, é complexo falar em celebração.


Por outro lado, a força da mulher, que transborda a vida, o nascimento, o acolhimento e o cuidado, muitas vez em um ambiente totalmente desfavorável ao amor e ao crescimento, me leva a enaltecer a figura da mãe.


E a querer celebrar sim, esta data, apesar de todas as dores de milhares de pessoas. Celebrar um ser que carrega outro ser dentro de si. Que nutre, que cuida, que protege e que ama de forma incondicional.


Mulheres que, há bem pouco tempo atrás, exerciam majoritariamente o papel de mãe e de cuidar da casa. Conforme a história e as oportunidades foram apresentadas, entrou no mercado de trabalho e, muitas vezes, tem jornada tripla, pela falta de apoio dos que com ela convivem e amam. Até quando?


Mulher, que passa por muitos perrengues, histórias de nossas antepassadas não muito distantes. Mulheres que passaram por guerras, por escassez extrema, por fugas e fome para poderem criar suas famílias em um ambiente menos hostil.


Conheço mulheres que fugiram da guerra, do holocausto, para um lugar distante, de outra cultura e língua. Conheço mulheres que migraram em seu proprio país, em busca de melhores oportunidades de sobrevivência, deixando para trás maus tratos e violência doméstica.


Mulheres com fardos maiores que seus corpos poderiam suportar mas que superaram e venceram. É isto que precisamos celebrar.


Mesmo em tempos difíceis, mulheres se unem para ajudar. O movimento que ocorreu no condomínio em que moro foi de um alento único. Nos mobilizamos para ajudar uma vizinha, cuja família, no RS, perdeu tudo.


A grande maioria das pessoas que ajudaram, participando de rifas, de doações e de compra de produtos era de mulheres. As mesmas que estudam mais e recebem menos, as que trabalham em dobro muitas vezes. As mesmas que se desdobram para dar conta de família, trabalho e casa, numa extensa jornada de trabalho.


Então, celebremos a mulher, a mãe, a avó. Quero deixar um poema de Mário Quintana, gaúcho, sobre a mãe. Que seja possível dividir os afazeres, ter mais compreensão e empatia e celebrar mais a vida.


Mãe


Mãe... São três letras apenas

As desse nome bendito;

Também o céu tem três letras

E nelas cabe o infinito.


Para louvar nossa mãe,

Todo o bem que se disser

Nunca há de ser tão grande

Como o bem que ela nos quer.


Palavra tão pequenina,

Bem sabem os lábios meus

Que és do tamanho do céu

E apenas menor que Deus!

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