A Magia da Memória: você perde óculos ou celular com frequência?
- Renata Queiroz
- 8 de jul. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de jul. de 2024

A memória é uma das funções mais fascinantes do nosso cérebro.
Desde lembrar o aniversário de um amigo até armazenar informações complexas para uma prova, a memória desempenha um papel crucial em nossas vidas diárias.
Mas como exatamente ela funciona? Para responder a essa pergunta, recorremos às perspectivas das cientistas Megan Sumeracki e Althea Kaminske, da Universidade de Yale, que têm explorado profundamente os mistérios da memória humana.
No livro A psicologia da memória, das autoras mencionadas acima, são dadas dicas para melhorar a capacidade de aprendizado e a retenção de informação. Uma das autoras comenta que perde um tempo considerável procurando celular, garrafa de água ou os óculos, por exemplo.
Outra curiosidade, segundo as pesquisadoras é que nossa memória não foi projetada para lembrar onde pusemos as coisas. O importante é evitar distrações. Um exemplo: colocar a bolsa no banco de trás do carro junto com algo que não pode ser esquecido como um presente, um documento importante.
Quando conhecemos alguém, é importante repetir diversas vezes o nome para fixar, mesmo que pareça redundante.
O Processo da Memória: como funciona
Segundo Sumeracki e Kaminske, a memória pode ser dividida em três processos principais: codificação, armazenamento e recuperação.
1. Codificação: Este é o primeiro passo no processo de criação de uma nova memória. Durante a codificação, nosso cérebro transforma as informações que recebemos do ambiente em um formato que pode ser armazenado.
Esse processo pode ser influenciado por vários fatores, incluindo a atenção e o nível de interesse.
Por exemplo, é mais fácil lembrar de algo que achamos interessante ou relevante.
2. Armazenamento: Após a codificação, as informações são armazenadas no cérebro.
Este armazenamento pode ser de curto prazo ou de longo prazo.
A memória de curto prazo é limitada e pode manter informações por alguns segundos ou minutos. Em contraste, a memória de longo prazo pode armazenar informações por dias, meses ou até anos.
A transferência de memórias de curto prazo para longo prazo é um processo complexo que pode ser facilitado por técnicas como a repetição e a elaboração.
Neste blog, idealizado pelas pesquisadoras mencionadas neste artigo, você encontra mais informações.
3. Recuperação: A recuperação é o processo de acessar as informações armazenadas quando necessário.
Este processo pode ser afetado por vários fatores, incluindo a maneira como a informação foi codificada e armazenada.
A prática de recuperação, como a repetição espaçada e os testes práticos, pode melhorar significativamente a nossa capacidade de lembrar informações.
A Ciência por Trás da Memória:
As pesquisas de Sumeracki e Kaminske destacam a importância de práticas de estudo eficazes para melhorar a memória.
Elas sugerem técnicas como a prática espaçada, que envolve distribuir o estudo ao longo do tempo, e a prática intercalada, que mistura diferentes tópicos ou tipos de problemas durante o estudo.
Ambas as técnicas têm se mostrado eficazes para a consolidação de memórias de longo prazo.
Além disso, a metacognição, ou a capacidade de refletir sobre o próprio processo de pensamento, desempenha um papel crucial na melhoria da memória.
Ao entender como aprendemos melhor, podemos adaptar nossas estratégias de estudo para maximizar a retenção de informações.
Aqui, um artigo sobre o ensinar a ciência do aprender.
Alguns exemplos:
Para ilustrar esses conceitos, consideremos alguns exemplos práticos:
Prática Espaçada: Se você está estudando para um exame, em vez de estudar tudo de uma vez na noite anterior, distribua seu estudo ao longo de várias semanas. Estudos mostram que isso melhora significativamente a retenção de informações.
Prática Intercalada: Ao estudar matemática, em vez de resolver um tipo de problema de cada vez, misture diferentes tipos de problemas.
Isso pode ajudar a fortalecer a habilidade de aplicar conceitos em diferentes contextos.
Autotestes: Faça perguntas a si mesmo sobre o material que está estudando.
Isso não só ajuda a reforçar a memória, mas também identifica áreas que precisam de mais atenção.
Conclusão:
A memória é um aspecto incrível e complexo do funcionamento do nosso cérebro. Compreender como ela funciona e aplicar técnicas baseadas em pesquisas científicas pode melhorar significativamente a nossa capacidade de aprender e reter informações.
As contribuições de Megan Sumeracki e Althea Kaminske oferecem insights valiosos sobre como podemos otimizar nossas estratégias de estudo e, por extensão, nosso desempenho em diversas áreas da vida.
Com essas práticas em mente, estamos melhor equipados para enfrentar desafios acadêmicos e profissionais, garantindo que nossas memórias não apenas perdurem, mas também nos capacitem a alcançar nosso pleno potencial.
Nós reikianos, também usamos a técnica do reiki para diminuir ansiedade e estresse que são atores protagonistas em piorar a situação de esquecimentos.
Em situações estressantes, lembre-se de usar a respiração a seu favor, respirando lenta e profundamente algumas vezes antes de agir.
Luz e paz.
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