Nossos 7 sentidos: além dos conhecidos 5 sentidos exteriores que são visão, audição, olfato, tato e paladar, a ciência aponta que existem 2 sentidos internos e que os mesmos são mais importantes que os externos para nosso cérebro.
Como assim? a nossa postura e as expressões de nosso rosto enviam importantes sinais ao nosso cérebro. A ciência está chamando esses sentidos de interocepção e propriocepção.
Interocepção é a informação que chega ao cérebro sobre o que ocorre dentro dos órgãos. Ou seja, coração, pulmão, estômago, intestino e o cérebro vai dar prioridade a isso.
Propriocepção é a informação que chega ao cérebro do que ocorre em meu corpo pelo lado externo, ou seja, postura, gestos e sensações.
Ao ler este post, como está sua postura: curvada ou ereta? E seu rosto? Está relaxado ou está franzindo a testa? Se estiver fazendo cara de raiva, o cérebro vai interpretar que seu semblante demonstra cara de raiva e vai ativar os mecanismos de raiva. Se estamos com semblante de tristeza, o cérebro vai ativar os mecanismos neurais típicos da tristeza.
Essa percepção de postura e gestos está na região somatosensorial, na região onde colocamos uma tiara no cabelo. Descobriu-se que o cérebro dá mais importância a algumas partes do corpo. São as mãos, o rosto e a postura.
Se estou franzindo a testa, situação que ocorre quando mexo em celulares com tela pequena, meu cérebro ativa uma região relacionada à amígdala, que é do tamanho de uma amêndoa e que está mais envolvida na emoção. Assim, com a testa franzida, se surgir uma situação de estresse, por exemplo, vou reagir mais, pois esta área já está estimulada. E vai gerar uma hiper-reação. A amígdala é uma área do cérebro que devemos manter calma.
Portanto, manter a testa relaxada, desativa um pouco a amígdala e mantém nosso corpo em estado de relaxamento.
Para nosso cérebro, as áreas mais importantes em nosso rosto são a musculatura ao redor dos olhos e nossa boca. Assim, quando expostos a pessoas sorridentes, somos mais criativos, nossa capacidade cognitiva aumenta. A resposta neural a um rosto sorridente é muito mais forte do que diante de um rosto que não sorri ou um emburrado.
O cérebro vai buscar a congruência entre mente e corpo. Se passamos por uma situação de estresse mas fizer uma cara relaxada, o cérebro vai gerar uma migração do estado de espírito. Ou seja, vai ver que o rosto não bate com a sensação e vai mudar a sensação de estresse para uma sensação relaxada, já que o rosto aponta para isso. Poderoso, não?
Sobre a postura: existem posturas corporais que o cérebro associa a um estado emocional. Estar curvado é algo característico de tristeza. Hoje, muitos de nós tem a postura curvada pelo uso intenso de computadores e celulares.
Quando temos uma postura relaxada, isso afeta nossa percepção do mundo e também nossa memória. E o que isto significa? Que devemos ter consciência corporal para corrigir estas posturas ou expressões faciais ao longo do dia.
É um exercício de observação de nosso corpo e de nossas sensações. Quando temos essa consciência, ela se torna uma aliada no gerenciamento das emoções.
Além da postura, a respiração é outra grande aliada, que tem influência na memória, na atenção e no gerenciamento das emoções.
Uma prática que nos ajuda muito, tanto na respiração quanto na consciência corporal é o Reiki. Se quiser saber mais, veja esse post.
É importante respirar pelo nariz, pois o cérebro precisa de um marcador de ritmos e a respiração desempenha este papel. O momento em que mais temos memória é o momento em que inspiramos pelo nariz. Nesta hora, o hipocampo está ativado. A respiração lenta, coisa que dificilmente fazemos tem um poder incrível. Por exemplo, ela consegue funcionar como um analgésico para quem tem uma deterioração dos discos entre as vértebras.
Para as emoções , o tempo de expiração maior que o da inspiração é importante. Botar o ar para fora mais lentamente do que puxar o ar para os pulmões.
Nosso corpo é incrível. Um instrumento que precisamos aprender a tocar.
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Luz e paz.
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