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Obesidade infantil: como criar ambientes saudáveis


Afeto entre mãe e filho
Ambientes saudáveis no combate à obesidade infantil

Em 2020, o Ministério da Saúde fez um levantamento que apontou que 1 em cada 3 crianças entre 5 e 9 anos está acima do peso. Se nada for feito, até 2030 o Brasil estará no 5º lugar do ranking de obesidade infantil. Veja esta publicação sobre o aumento da obesidade no Brasil.


A obesidade infantil é um fator importante para o avanço do diabetes e é considerada uma ameaça à saúde pública mundial. Além das questões de saúde, a obesidade se relaciona com vida social e bem-estar de crianças e adolescentes.


A obesidade é uma doença e não falta de vontade, preguiça ou falta de atividade física. Nosso cérebro tem uma região que regula os mecanismos de fome e saciedade. Em pessoas com obesidade, o metabolismo desta região do cérebro que diz, "não, obrigado" tem uma diminuição. Isto significa que estas pessoas tem um menor controle inibitório.


Outro ponto importante é que a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, tem relação com falta de exercício regular, sono irregular, alimentação inadequada, falta de acesso a uma alimentação mais saudável, estresse e mais tempo de tela. Não é só a genética ou só o ambiente.


Para se ter uma ideia, em cerca de 40 anos, a obesidade cresceu 1000% no mundo. O que fez este crescimento? De novo, vários pontos como uma genética mais suscetível a obesidade, um ambiente mais obesogênico com mais ofertas de produtos ultraprocessados e uma redução da atividade física. Veja este texto sobre consumo de ulktraprocessados e obesidade.


Segundo a OMS, a prevalência da obesidade no mundo triplicou entre 1975 e 2016. Até 2025, o número de crianças acima do peso no mundo pode chegar a 75 milhões.


E como podemos melhorar o ambiente? Não depende apenas dos pais e das escolas, no caso das crianças e adolescentes. Isso passa por políticas públicas como uma cidade mais segura que estimule as pessoas a fazer mais atividades físicas, sair de casa, se movimentar.


Melhorar o cardápio das cantinas e da merenda das escolas, com opções mais saudáveis e menos processadas e, dentro das casas, com a cooperação de toda família, cozinhar comida de verdade. É preciso desenvolver e aprimorar as habilidades culinárias.


Para identificar se uma criança está com sobrepeso ou obesidade, se usa o IMC. Mas, como eles estão em fase de crescimento, é mais desafiador ter essa percepção. É importante a criança ter acompanhamento do médico que pode identificar sobrepeso ou obesidade no início.


É importante também criar hábitos saudáveis desde a primeira infância. Devem ser oferecidos alimentos mais saudáveis, mesmo que a criança diga "não gosto". Mude a forma de preparar e insista. Não deixe de oferecer após o primeiro "não gosto" ou "não quero".


Perceba que a alimentação é um hábito aprendido. Os pais são o primeiro exemplo para as crianças. As crianças aprendem por observação. Se os pais não comem frutas, como pedir para os filhos comerem?


Quando falamos de alimentação saudável, rotinas são importantes. O que quero dizer com isso? A família deve se reunir para comer. Todos podem ajudar na preparação, comerem com hora e local e sem distrações como televisão, tablet e celulares. Envolva seu filho nas compras dos ingredientes saudáveis.


Os maiores riscos da obesidade infantil é que cerca de 84% dos adolescentes obesos tem probabilidade de serem adultos obesos. Além disso, pessoas obesas tem 80% mais chance de desenvolverem diabetes tipo 2, além de outras doenças como pressão alta, câncer colorretal, AVC e doenças cardíacas.


A obesidade também afeta a saúde mental. Por conta da doença, muitas vezes a criança sofre bullying, que afeta a autoestima e tem repercussão no comportamento alimentar.


Aumenta a ansiedade que gera estresse e que desencadeia um comer emocional, que pode agravar ainda mais o quadro de obesidade.


O tratamento consiste em mudar hábitos e estilo de vida: alimentação mais saudável e atividade física regular. Compartilhe com quem precise!


Luz e paz.

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