Ultraprocessados, alimentos à Base de Plantas e Doenças Cardiovasculares.
- Renata Queiroz
- 1 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jul. de 2024

O Que a Ciência Revela sobre alimentos à base de plantas?
Introdução:
O debate sobre alimentação saudável ganha uma nova dimensão com a crescente popularidade dos alimentos à base de plantas.
No entanto, um estudo recente conduzido por pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) e da Faculdade de Medicina da USP revela um paradoxo intrigante: enquanto o consumo de alimentos de origem vegetal está associado a uma menor chance de doenças cardiovasculares, a ingestão de produtos ultraprocessados à base de plantas pode aumentar esse risco.
A Pesquisa:
O estudo intitulado "Implications of food ultra-processing on cardiovascular risk considering plant origin foods: an analysis of the UK Biobank cohort" é a primeira análise em larga escala que considera simultaneamente o nível de processamento industrial dos alimentos e suas fontes alimentares (vegetal versus animal) na avaliação do risco de doenças cardiovasculares.
Desenvolvido em parceria com pesquisadores do Imperial College London e do IARC, o estudo foi publicado na prestigiada revista The Lancet Regional Health – Europe.
Principais Achados:
Menor Risco com Alimentos Vegetais Integrais: Os dados confirmam que dietas ricas em alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e nozes, estão associadas a um menor risco de doenças cardiovasculares. Esses alimentos são naturalmente ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes que promovem a saúde do coração.
Maior Risco com Ultraprocessados à Base de Plantas: Por outro lado, o estudo destaca que o consumo de alimentos ultraprocessados à base de plantas, como carnes vegetais processadas, snacks e refeições prontas, está ligado a um aumento significativo no risco de doenças cardiovasculares.
Esses produtos, apesar de serem de origem vegetal, frequentemente contêm aditivos, conservantes, açúcares adicionados e gorduras de baixa qualidade.
Impacto na Mídia
A pesquisa recebeu ampla repercussão na mídia global. Fernanda Rauber, pesquisadora do Nupens e da FM/USP e autora principal do estudo, foi entrevistada por jornais renomados como o Washington Post e O Globo. Além disso, a pesquisa foi destaque em veículos como CNN, Medical News Today, India Today e The Telegraph.
O Que Isso Significa para Você?
Esses achados são cruciais para orientar escolhas alimentares mais saudáveis. Aqui estão algumas recomendações práticas:
Prefira Alimentos Integrais: Sempre que possível, opte por alimentos vegetais inteiros e minimamente processados. Esses alimentos preservam seus nutrientes naturais e benefícios à saúde.
Leia os Rótulos: Ao escolher produtos à base de plantas, leia atentamente os rótulos. Evite produtos com uma longa lista de ingredientes e aditivos artificiais.
Variedade é Fundamental: Inclua uma ampla variedade de alimentos vegetais em sua dieta para garantir uma ingestão equilibrada de nutrientes.
Moderação com Ultraprocessados: Limite o consumo de alimentos ultraprocessados, mesmo que sejam à base de plantas. Lembre-se de que "à base de plantas" não é sinônimo de "saudável" quando se trata de ultraprocessados.
Conclusão:
A alimentação à base de plantas tem potencial significativo para promover a saúde cardiovascular. No entanto, é essencial distinguir entre alimentos vegetais integrais e ultraprocessados à base de plantas. Esta pesquisa pioneira sublinha a importância de escolhas alimentares conscientes e informadas para manter o coração saudável.
Para saber mais sobre este estudo e outras pesquisas relacionadas à nutrição e saúde, continue acompanhando nosso blog.
Juntos, podemos fazer escolhas mais saudáveis e informadas para uma vida melhor. Conheça nosso cardápio e coma de tudo!
Luz e paz.
תגובות